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Quinta-feira, 22 de Maio de 2025

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Franço Helber: O mais notável dos defensores do povo sapezalense.  19603c

Nunca teve medo, isso é motivo de inspiração para todos aqueles que um dia pretendam entrar para a política. 3lc5j

Jean Borsatti
Por Jean Borsatti
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Franço Helber: O mais notável dos defensores do povo sapezalense. 
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Morreu na noite da última quinta-feira (15) uma das maiores pedra nos sapatos da elite local. Se cala uma das vozes que mais defendiam a população. s4c6v

Franço iniciou sua carreira política em 2008, onde foi o último vereador eleito, com apenas 251 votos. Esse foi o início de uma trajetória política marcada por coragem e vontade de ajudar a população.

Foi naquele ano que conheci o Franço do Batistão, uma pessoa que cativava pela vontade de mudança, um verdadeiro revolucionário (aos moldes sapezalenses). Naquela eleição, eu apenas com 16 anos, resolvi me engajar na sua candidatura que concretizou sua vitória.

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Sim, foi naquele ano que Cesar Maggi se candidatou sozinho para prefeito. Foi naquele ano também, que foi registrado o maior índice de brancos e nulos de uma eleição em Sapezal. No total foram 1128 votos nulos e 945 votos brancos, 15,46 por cento de nulos e 12,94 de brancos.

Curiosidade: Em 2012 foram 107 (1,16%) brancos e 286 )3,10%)nulos; Em 2016 foram 133 (1,31%) brancos e 345 (3,41%) nulos; Em 2020 foram 189 (1,81%) brancos e 347 (2,78%) nulos.

Por óbvio Cesar Maggi se elegeu com 5227 (71,59%) votos e desde então Franço iniciou seu trabalho de oposição. Era a voz que Sapezal necessitava, que naquele ano se uniu com Ilma Grisoste e Carol e juntos faziam oposição na Câmara de Vereadores.

Ao longo desse tempo, Franço se destacava pela sua forma de se comunicar, seus protestos eram icônicos, seja quando colocou um nariz de palhaço ou quando mostrou uma cinta para aquela istração. 

Em 2012 era o mais cotado para se candidatar a prefeito, uma voz crítica no momento em que a população de Sapezal já estava saturada daquela política comandada pelos "barões". Foi então que ele abriu mão de sua candidatura para apoiar aquela que seria a primeira mulher prefeita de Sapezal.

De um lado, Ilma Groste (PSD) representava uma ruptura.  Do outro lado, Jean Galli (MDB), que foi eleito como vice-prefeito em 2004 e 2008. Mais tarde se tornou prefeito após a renúncia de Cesar Maggi em 2011 e era o favorito dos velhos grupos políticos.

Franço por sua vez, cauteloso, optou por concorrer a reeleição. E deu muito certo.

Ilma foi eleita com 5.213 (59,02%) votos, contra 2.536 (40,98%) votos de Jean Galli. Essa foi considerada a maior derrota da elite sapezalense da história.

Já para o legislativo, Franço (PSD) deu show, obteve 957 votos. O vereador mais votado do Brasil em porcentagem naquelas eleições, 10,79 por cento dos votos.

Iniciou o seu segundo mandato como situação, mas não demorou para Franço romper com Ilma e se tornar mais uma vez a principal voz da oposição na Câmara de Vereadores.

Quem conheceu Franço sabia que um dos seus maiores sonhos era se tornar prefeito de Sapezal, ele nunca deixou isso claro, mas quando falava seus olhos brilhavam, principalmente quando dizia que sua prioridade seria solucionar os problemas sociais do município.

Em 2016, uma eleição atípica se desenhou. Em meio a uma ruptura, 4 grupos se formaram proporcionando que Sapezal tivesse pela primeira vez mais de 2 candidatos a prefeito. 

Ilma Grisoste (PSD) enfraquecida para a reeleição após fazer uma gestão questionável a frente da prefeitura, além disso, havia rompido com importantes nomes, inclusive com seu vice o médico Beijamin Dequi.

Valcir Casagrande (PSC) se candidatando como o candidato do establishment local. Seu vice César Maggi, que voltou fortalecido após a gestão de Ilma, foi fundamental para tornar Casagrande o favorito para ganhar aquelas eleições.

Aldir Schneyder (PSDB) era o candidato dos pequenos produtores, ex-prefeito e ex-aliado de Ilma resolveu se candidatar para contrapor ambos os lados.

Franço do Batistão (SD) também se candidatou e representava uma linha mais independente de todos os demais. Mas mesmo assim carregava o fato da gestão de Ilma não ter sido satisfatória. 

Naquela eleição, Valcir Casagrande foi sacramentado vencedor com 5211 (54,03%) votos. Em segundo ficou Schneyder com 2030 (20,05%) votos, seguido de Franço com 1441 (14,94%) votos e Ilma com apenas 963 (9,98%) votos.

Franço sabia que se fosse novamente candidato a vereador seria mais uma vez o mais votado, mas mesmo assim decidiu enfrentar o seu segundo maior desafio, colocando seu nome para concorrer a vaga de prefeito.

Talvez foi até bom ele não ter chegado nem perto da vitória, já que no ano seguinte teria que enfrentar o seu maior desafio. Um câncer.

Franço foi guerreiro, para se tratar da doença teve que deixar de lado as duas coisas que mais gostava (o esporte e a política). Desde então evitou se envolver na política local, a Câmara agora sem oposição brindava Casagrande com o poder total.

Em 2020 finalmente se recuperou, ele sabia que cedo ou tarde aquela doença voltaria a afeta-lo, mas mesmo assim decidiu concorrer a um cargo de vereador. Foi o segundo mais votado, com 484 (4,12%) teve apenas 2 votos a menos que a mais votada.

Assim foi retorno da oposição na Câmara de Vereadores, sempre polêmico, Franço conseguiu tirar a elite do sério. Fazendo discursos acima da média de qualquer outro na tribuna, se destacou mais uma vez como o principal nome da oposição.

Franço precisa ser lembrado por todos sempre, sejam aqueles que lhe amavam ou aqueles que lhe odiavam. O maior, o mais importante, o mais notável dos defensores do povo sapezalense. 

Nunca teve medo, isso é motivo de inspiração para todos aqueles que um dia pretendam entrar para a política.

Quem tem medo, tem vida curta na política. Esse não era o caso do Franço.

 

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Jean Borsatti

Publicado por: o846

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Jean Borsatti é jornalista, tem 31 anos e é diretor de redação do Spz Online. Trabalha na imprensa desde 2009 e desde 2020 comanda o Spz Online

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