Uma obra pública iniciada em 2019 no município de Sapezal, destinada ao escoamento de águas pluviais, permanece inacabada e vem gerando sérios danos ambientais, conforme apontam documentos oficiais e denúncias. A obra, autorizada por liminar judicial para que o município pudesse entrar em propriedade particular e realizar os reparos necessários, resultou em uma vala aberta onde esgoto e água contaminada se acumulam, representando risco à saúde pública e ao meio ambiente. 5f4xd
A liminar, concedida em julho de 2019 pela Vara Única da Comarca de Sapezal, autorizou a Prefeitura a entrar na área para executar a obra, considerando a necessidade urgente de evitar obstruções no escoamento de águas pluviais e possíveis alagamentos na cidade. Apesar da autorização e da urgência reconhecida pela Justiça, a obra não foi concluída, deixando a vala exposta e com acúmulo de esgoto a céu aberto.
A situação é agravada pela contaminação direta do Rio Sapezal, que recebe o esgoto e a água poluída da vala. Além disso, resíduos como restos de asfalto, piche e óleo diesel, provavelmente provenientes da cidade, foram encontrados no local, aumentando o impacto ambiental e os riscos de contaminação das águas do rio.
O site Spz Online investigou o caso e apurou que houve solicitações formais para que a Vigilância Sanitária municipal tomasse providências diante do problema, mas não houve resposta oficial. Também foi feita uma denúncia ao Ministério Público, que, após análise, decidiu arquivar o caso, argumentando que se trata de uma questão de interesse individual e que já há processo judicial em andamento sobre a reintegração de posse do terreno, não havendo elementos para instauração de inquérito civil ou procedimento preparatório.
A obra incompleta e o vazamento contínuo levantam indícios de possível crime ambiental, uma vez que há despejo irregular de esgoto e resíduos potencialmente poluentes diretamente no Rio Sapezal. A situação contraria normas ambientais e pode representar risco à saúde da população e ao equilíbrio do ecossistema local, conforme apontam os registros fotográficos e relatos obtidos pela reportagem.
Até o momento, não há registros de ações concretas do poder público para finalizar a obra e conter a poluição, deixando a população local preocupada com os danos causados e a integridade do rio, um recurso natural essencial para a região.
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