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Quinta-feira, 22 de Maio de 2025

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Aulas presenciais: A roleta russa da Covid-19 2c1d1q

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Jean Borsatti
Por Jean Borsatti
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Aulas presenciais: A roleta russa da Covid-19
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Com o anúncio da Secretaria de Educação em relação ao retorno às aulas presenciais para o dia 11 de maio, vários pais e responsáveis estão preocupados quanto a colocar seus filhos novamente nas salas de aula. Muitos preferem aguardar a vacinação para ai sim retornar com os filhos nas escolas. 494i3b

As aulas estão suspensas desde o início da pandemia, em abril de 2020, desde então os alunos estão tendo aulas de maneira virtual ou por meio de apostilas disponibilizadas pelas unidades escolares. No início de 2021 se cogitou a possibilidade de um retorno hibrido, porém a ideia não prosperou principalmente depois do aumento dos casos de Covid-19 que colocou o Brasil como epicentro mundial da doença.

O principal argumento utilizado pela Prefeitura Municipal para justificar o retorno às aulas, seria a queda na classificação de risco de contaminação para Covid-19 em Sapezal. Na última terça-feira (20), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) anunciou que Sapezal estava fora da lista dos municípios com classificação de risco considerada "muito alta", ando para a classificação "alta".

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É importante ressaltar que em outros momentos que a classificação de risco na cidade eram ainda menores (baixo ou moderado), não houve o retorno das aulas. Vale dizer também, que várias cidades do Brasil e também estados já cogitam esse retorno, porém nos casos em que houve alguma tentativa de retomada, rapidamente as aulas voltaram a ser suspensas por conta das taxas de contaminação entre profissionais da Educação e alunos.

Um caso especifico aconteceu na cidade de Matupá, no Norte de Mato Grosso, em fevereiro de 2021. Na ocasião o Governo do Estado havia solicitado que os profissionais, que até então estavam trabalhando em casa, retornassem aos trabalhos presenciais nas unidades escolares para atender os pais e responsáveis a cerca das matrículas para este ano letivo.

Porém, em menos de uma semana as 4 unidades escolares que reabriram o simples atendimento presencial ao público tiveram que ser fechadas, já que foram registrados casos de Covid-19 entre os profissionais. Na ocasião foram 2 casos confirmados, porém as duas pessoas que testaram positivo para doença tiveram contato com cerca de outros 50 profissionais que também tiveram que voltar para suas casas, já que haviam sido expostos ao vírus e com isso deveriam cumprir os 14 dias de quarentena obrigatória.

O que se nota, é que a nenhum momento se consultou a população para saber se a maioria dos pais e responsáveis querem de fato colocar seus filhos novamente em sala de aula sem que antes haja uma vacinação em larga escala. Apesar da Secretaria de Educação garantir que todas as unidades estão prontas para receber os alunos, é aceitável que muitos responsáveis tenham receio em relação a esse retorno repentino.

Para se ter uma ideia em relação a como o tema divide opiniões, em uma simples enquete realizada pelo site Sapezal Online no Facebook, onde os leitores puderam responder se são a favor ou contra o retorno das aulas presenciais, a grande maioria das 55 pessoas (70%) que responderam, consideram a decisão precipitada.

O principal argumento desses pais que estão preocupados com o retorno, é justamente a possibilidade de seus filhos serem contaminados com a doença. A vacina também é uma preocupação desses pais, já que a maioria defendem que apenas haja um retorno quando de fato houver uma vacinação em larga escala.

Muitos relatam as dificuldades de muitas vezes ter que trabalhar fora e ainda ter tempo para cuidar dos estudos dos filhos, porém afirmam que neste momento não pretendem colocar eles em sala de aula, já que seria um risco a mais, principalmente se levado em conta a falta de vacinas para todos.

Entre as 16 pessoas que se mostraram favoráveis ao retorno, a maioria delas afirma que as aglomerações já existem mesmo com as aulas suspensas e que por conta disso, não existem motivos para manter as crianças em casa nos horários de escola, além disso, muitos reclamam em relação a terem de pagar por cuidadores ou até mesmo se desdobrarem para cuidar dos pequenos.

Os argumentos tanto a favor ou contra esse retorno, mostram a preocupação a cerca do tema. Para aqueles que defendem o retorno, essa seria uma saída para melhorar as finanças já que muitos se viram nos 30 para pagar cuidadores ou até mesmo abrem mão do trabalho para cuidar das crianças. Já aqueles que são contrários, mostram a preocupação em uma possível contaminação que poderia custar a vida de algum ente querido, preocupação esta que com certeza também está presente entre os favoráveis.

A secretaria colocou a possibilidade de que os pais e responsáveis que não quiserem que seus filhos retornem possam continuar com as aulas virtuais, porém a realidade vai muito além disso. A falta de vacina e o surgimento de novas cepas ainda mais contagiosas e mortais, podem acarretar em uma nova onda da epidemia, colocando em risco mais vidas.

É importante ressaltar também, que apesar do mundo estar convivendo com a pandemia a mais de um ano, o Brasil ainda não conseguiu fazer a lição de casa, pelo contrário, atitudes tomadas principalmente pelo Governo Federal propiciaram o avanço da doença no país e o surgimento de novas variantes.

Não apenas pela falta de controle no início da pandemia, mas principalmente pelo péssimo exemplo dado por alguns governantes ao promover aglomerações, fazer questão de não usar máscara e ainda rechaçar a ciência ao promover teorias da conspiração que foram compradas por parte significativa da população, inclusive por governantes locais.

Agora, mais uma vez a população é que paga a conta de tamanha incompetência, pois precisam decidir se colocam seus filhos naquilo que pode ser comparado a uma roleta russa, já que não sabemos o que está por vir e nem se vamos sobreviver ao próximo apertar de gatilho.

#semvacinasemaulapresencial 

Jean Borsatti é jornalista em Mato Grosso

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Jean Borsatti

Publicado por: o846

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Jean Borsatti é jornalista, tem 31 anos e é diretor de redação do Spz Online. Trabalha na imprensa desde 2009 e desde 2020 comanda o Spz Online

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